segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mais uma turma!



Dessa vez, foram as meninas de Psicopedagogia com Ênfase em Alfabetização que concluíram seus artigos.
Parabéns às mais novas psicopedagogas!
Parabéns aos artigos de vcs! Todos entregues e corrigidos.
Aliás, Turma A!!!
(=

"Você pode ter todo o talento do mundo, mas se você não estiver
interessado em fazer uso total dele, a vitória é improvável." - George Mikan

domingo, 5 de dezembro de 2010

Turma de Gestão

"Talento é mais barato que sal. O que separa a pessoa talentosa da bem-sucedida é muito trabalho duro." - Stephen King

"O difícil nós fazemos imediatamente. O impossível demora um pouco mais." - Slogan da U.S. Army Service Forces

Com duas citações, quero deixar um Parabéns todo especial para o pessoal da Turma de Gestão (7), de Blu. Depois do dia 09 de novembro, não tenho dúvidas do talento de vcs e do qto vcs sabem fazer o impossível!
Parabéns!!!
Desejo-lhes mais sucesso nesta incrível escolha que é a Educação.
Abraço carinhoso, Marley

Ps.: Recebi o último artigo na semana passada. Depois de todos os atropelos, resta-me dizer que todos foram corrigidos e aprovados. Logo, logo, de fato, vcs serão pós-graduados diplomados! =)

sábado, 6 de novembro de 2010

A volta do Velho Professor


Esta semana, na turma de Psicopedagogia Clínica e Institucional, repassando rapidamente a História da Pesquisa, falamos da evolução da Pesquisa e sua consequente contribuição para a evolução do conhecimento e do mundo.

Lembramos ainda, do texto "A Volta do Velhor Professor", visualizado abaixo.

Será que encontramos semelhanças com nossa realidade educacional? Ou, somos a diferença?

Pense nisso! E, bom final de semana!
(=

A Volta do Velho Professor

Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou à Terra e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando uma sobre as outras, com uma infinidade de máquinas andando em alta velocidade; o povo falava muitas palavras que o professor não conhecia; ele via coisas que nunca havia visto ou ouvido falar: poluição, avião, computador rádio, internet, metrô, televisão, inflação, celular...; os cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas e de outras, com cores que ele nem conhecia... E as roupas? Deixavam o professor ruborizado.

Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade inteira e cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na igreja, levou um susto com o padre que não mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo de cabeludos tocando música estranha. Visitando algumas famílias, espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma palavra diante do aparelho.

Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola e, finalmente, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz. Ali, tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da outra, o professor falando, falando ... E os alunos escutando, escutando ...

(in Raízes e Asas, CENPEC)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Parabéns, meninas!


Artigos lidos, corrigidos e entregues!
E, adivinhem: aprovadas!!!
Agora, é só esperar o Certificado.
Oficialmente, vcs são Especialistas em Educação Infantil, Séries Iniciais e Gestão Escolar.
Parabéns!!!
Forte abraço.





sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz Dia do Professor!


Eu sei que vocês são "alcançadores" de estrelas...
Parabéns pelo seu dia, PROFESSOR DE VERDADE!


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Turma de Educação Especial 2

Em tempo, postando foto do grupo de Educação Especial 2!!!
Aqui, todas tranquilas, pós Seminário.

(=

Beijinho a todas: Valéria, Edinéia, Francismere, Jeane, Danúbia, Juliana, Ruth, Clarice, Marisete e Giovana!

Sucesso e felicidades para vcs...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Hora do Intervalo para tirar o pó...


Olá pessoal!

Quanto tempo não?
Setembro foi um mês bem tumultuado...
Mto trabalho, algumas viagens e vááááários artigos...
Algumas turmas estão na reta final da Pós!
Vejam só como está a área de trabalho do meu notebook:



(=

Ela começou a ficar assim, domingo. Agora, está assim...
Se vc é da turma de Gestão/Indaial ou Artes I/Blumenau, seu artigo deve estar por aqui...

=)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Parabéns aos Especialistas em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva


O dia 12 de julho teve uma noite especial!

Principalmente para a turma 01/2010 de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, do IPGEX. Foi a noite do Seminário Avançado, desta turma de Blumenau!
Parabéns aos novos especialistas: Alessandra, Alexandra, Clair, Daniela, Eliane, Eronilda, Gláucio, Heloísa, Janaína, Josneli, Maiara, Mariza, Marta, Sandra, Solange e Teresa.
Além da noite ser muito produtiva, os trabalhos de todos estão mto bons! Obrigada pelas novas experiências e aprendizagens que vcs me proporcionaram... Foi mto gratificante conviver com cada um de vcs, ao longo destes meses.
Oxalá queira que continuemos a nos encontrar!
(=
Abraço a todos...
Para me despedir de vcs, deixo essa frase de Andresa M. Vicentini: "Respeitar pessoas é aceitar as diferenças!" Tenho a certeza, que vcs vivem essa máxima, que é crucial para a Educação... Que bom que vcs vivem a essência disso...

sábado, 3 de julho de 2010

Por uma vida mais simples - Simone Tinti




Em meio a tanta oferta de produtos e informações, é preciso encontrar um tempo para desacelerar, tornar o dia a dia menos complicado e aproveitar aquilo que deixa a sua família feliz. Mas, como?

Ei, respire fundo. Vamos lá, de novo. Posso imaginar o que foi para você conseguir tempo para sentar e ler, com calma, esta reportagem. E, na sua mente, o pensamento mais lugar-comum possível: a rotina nos consome hoje mais do que antes. Por isso, nessa correria toda, você se concentra no final de semana para que ele seja per-fei-to. Várias ideias surgem: visitar aquele parque incrível e os brinquedos novos, a exposição que acabou de começar, andar de bicicleta, conferir a estreia do cinema... Será que em dois dias dá para fazer tudo? Mãos à obra! É preciso correr, assim dá tempo de aproveitar ao máximo o tempo “livre” com seu filho. Mas, no meio do caminho, aparece uma formiga. E seu filho, alheio aos minutos que se “perdem”, quer porque quer acompanhar os passos do inseto. Você insiste, mas, para ele, ainda não faz sentido deixar aquele momento tão especial para... para ver o que mesmo?


Algumas vezes você se pergunta: mas por que é tudo tão, mas tão complicado? Já parou para pensar que nós temos, sim, o poder de ir descomplicando um pouco as coisas em meio ao caos? Caos mesmo. Criar um filho já parece ser um furacão de sentimentos e alternativas, do jeito certo de educar à lista infinita de compras até as opções em cultura e lazer. Mas, quando paramos, e respiramos fundo – como você fez acima –, fica tudo bem claro: precisamos urgente descomplicar.


Primeira tentativa. Em meio a tanta “complexidade”, lembre-se dos momentos mais felizes ao lado de seu filho até agora: pode ser o primeiro sorriso dele ainda bebê, uma noite sem febre depois de seguidas maldormidas, a gargalhada após aquele monte de cócegas, uma música compartilhada, a primeira colherada totalmente independente na hora da refeição. Para o filósofo Mario Sergio Cortella, o simples está em tudo aquilo do qual sentimos falta e que nos deixa felizes. “É partilhar uma lua cheia, ter aquela vontade de morder quando vemos o pé de um recém-nascido, ter um beijo roubado do seu filho, a sensação da sua mulher puxando o cobertor sobre você de manhã”, diz.


Para curtir, é preciso tempo. Às vezes nem é tempo para acontecer. Mas tempo para perceber que estão acontecendo. Lembra-se de quando nos prometeram que a tecnologia viria para facilitar nossas vidas? Pois não aconteceu bem assim, você deve ter notado. Nossos compromissos aumentaram, o volume de informações e opções também, e quem é que estamos levando junto? As crianças. Já pensou que, para elas, passar horas enchendo e esvaziando um pote de areia pode ser mais importante do que ter uma agenda cheia de atividades extracurriculares? Como estão em outro ritmo, se damos a elas mais chance de viver de uma forma mais simples e menos corrida, não serão apenas mais felizes, mas também mais saudáveis.
Foi o que apontou uma pesquisa da Universidade de Washington (EUA): brincar garante não só o desenvolvimento adequado, mas também a boa saúde no futuro. Eles verificaram que ter espaços verdes perto de casa, por exemplo, contribui para que as crianças façam mais atividades físicas e, consequentemente, tenham menos riscos de ficarem obesas. E crianças que se divertem em meio à natureza apresentam melhor funcionamento cerebral e menos sintomas de déficit de atenção e hiperatividade.


É na infância também, na mesma fase em que as crianças aprendem noções de motricidade, a falar e a andar, que os hábitos de consumo são construídos. É claro que os pais são os primeiros exemplos, mas a televisão, a propaganda em geral, os amigos e a escola também influenciam na formação desses hábitos. E, em meio à oferta gigante de produtos e serviços, você precisa se perguntar se é preciso adquirir tanta coisa. “Quando a criança disser ‘eu quero’, em vez de dizer que não tem dinheiro, explique que o brinquedo novo não é a prioridade agora”, diz Cortella. Nem sempre é fácil, sabemos.


Para a assessora de imprensa Letícia Pizaia Mazão, 30 anos, esse “não” veio na forma de um tênis com cara de dinossauro. Seu filho Miguel tem 3 anos e pediu um tênis igual ao de um amigo. Letícia acabou comprando e, mal saiu do shopping, o menino começou a pedir mais coisas. “Eu tive de dizer ao Miguel: ‘Você já ganhou o seu tênis, curta esse presente primeiro’”, conta. O que fazer se nem nós mesmos resistimos ao novo celular ou àquela liquidação? Avalie as crianças, que também estão expostas à publicidade na TV, marcas que desfilam com os colegas na escola, nas ruas e na internet. “As crianças são inseridas no mundo do consumo desde cedo, mas, até os 12 anos, elas não têm pensamento crítico para decidir sobre o que devem ou não ter. Assim, querem tudo ao mesmo tempo”, afirma Laís Fontenelle, coordenadora de Educação do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana.


TEMPO DE REDUZIR


A alternativa é criar uma nova relação com o consumo. Para Paula Pinto e Silva, antropóloga da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), é, felizmente, um caminho sem volta, pois a própria sociedade está se defendendo de seus exageros. Na busca de valores mais simples, há uma volta a antigos hábitos mesmo que com outras representações, como partos naturais, slings para carregar bebês e fraldas de pano, que ganharam até mesmo uma roupagem mais moderna para atrair as mães. É reflexão inclusive para novos pais. Vanessa Ulhoa Fernandes, 31, e Marcelo Fernandes, 32, são servidores públicos em Curitiba (PR), e pais de Sofia, 3 meses. A vida de ambos sempre aconteceu pautada por pouco consumo. Uma vez casados, a situação financeira melhorou e as compras aumentaram. Diante das primeiras olhadas em reportagens sobre decoração de quartos de bebês, no entanto, já bateu o alarme: como seria a conversa sobre consumismo com a Sofia no futuro? “Fico imaginando como vou ensinar a ela que é preciso resistir a tanto brinquedo, roupa... A gente já tem vontade de comprar um monte de coisa, imagina quando ela crescer e começar a pedir. Acho que vai ser bem difícil dizer ‘não’ mesmo tendo dinheiro”, diz a mãe. E vai mesmo. É inevitável. Serão esses “nãos” os grandes mestres de Sofia, que poderão guiá-la para um consumo mais consciente.


NÃO É PARAR DE CONSUMIR, MAS CONSUMIR DIFERENTE


Há também uma busca pelo equilíbrio. O advogado Carlos Nieburh, 29 anos, comprou um videogame já pensando em quando vai poder jogar com o filho Raul, que hoje está com 2 anos. Mas o filho tem também um carrinho de rolimã, traves de madeira para fazer gols, pipas e rampas para andar de bicicleta. De quebra, é quase um retorno dele mesmo às origens. “Eu me sinto um pouco moleque de novo com o Raul”, diz. Ou seja, a vida com as crianças é sempre uma tentativa de (re)encontrar o que deixa você mais feliz. E nessa tentativa de descobrir o que é melhor, você vai ver que as crianças entendem mais de simplicidade do que você imagina. Um galho de árvore jogado no quintal vira uma espada. Uma toalha vermelha é a capa do super-herói preferido. Ao lado dele, você vai ver que não será difícil alcançar uma vida mais simples. E o quanto é importante – e prazeroso – lutar por ela.


DICAS PRÁTICAS


• Passeio sem compras. Alterne a ida ao cinema dos shoppings com dias em parques, praças e teatros, ou mesmo uma volta pelas ruas do bairro.

• Herança de família. Estimule seu filho a cuidar das roupas e brinquedos e explique o quanto é legal herdar coisas de outras pessoas.

• Momentos únicos. Chame atenção do seu filho para um arco-íris depois da chuva. Invente jogos ou brincadeiras que são só de vocês: vale compartilhar músicas que vocês gostam, dançar no meio da cozinha ou promover contações de histórias no sofá da sala.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Professoras do Século XXI - Soraya Lopes

Olá turma da Psico!
O texto de hoje, é dedicado a vocês...
Ele vem ao encontro de algumas das angústias que conversamos na aula de segunda feira. Quem sabe alguém se anima e escreve algo ainda mais profundo, já que o texto traz apenas algumas pinceladas sobre nossa profícua reflexão:

Professoras do Século XXI: conflitos que adoecem

Quem não teve em sua vida uma professora que foi seu exemplo? Eu tive algumas que estão, até hoje, em minha memória e no meu coração. Não há muito tempo, encontrávamos apenas mulheres como professoras. Na atualidade, ainda encontramos uma maioria de mulheres como professoras, principalmente na Educação Infantil e Fundamental I. Portanto, dedico esta crônica a essas mulheres maravilhosas!!!

Você já se perguntou por que se tornou professora? Ainda mais... Por que continua na profissão?
Tenho um palpite. Vocês são movidas pela Paixão! Sim... Paixão! A Paixão em Educar!
Pertencemos à geração da busca incessante do conhecimento, mutável, improvável, surpreendente, libertador. Do professor educador, pesquisador, mediador, flexível, irrepreensível... o Professor Show! Das Educações Tecnológica e Inclusiva.

Que magnífico! Os tempos mudaram! Mas você está preparada para ser uma professora do século XXI?

Despenca sobre nós, professoras, uma avalanche de deveres e responsabilidades. Uma carga um tanto pesada, física e emocional. A física, quase sempre, conseguimos superar. Mas, e a emocional?

Encontramos muitos estudos a esse respeito e nada animadores. Quantos conflitos enfrentamos e suportamos dentro e fora da sala de aula? Dentro, quando estamos com nossos alunos, e fora, quando prestamos contas para nossos gestores. Sem mencionar a parte burocrática – como planejamento, diários, reuniões de pais, atividades extracurriculares, relatórios e mais relatórios... e por aí vai...

Muitas vezes, temos ainda jornada dupla... e tripla, quando chegamos em casa. Quando um aluno não se adapta a uma determinada turma, é prontamente transferido para outra a fim de que os objetivos pedagógicos sejam alcançados. E a professora? Tem esta mesma chance de adaptação caso necessite? Na escola particular, que não deixa de ser uma empresa, nossos gestores analisam nosso currículo, nosso perfil e decidem nossa vida pedagógica. Se formos “aprovados” para o próximo ano, muitas vezes nem sabemos para qual turma lecionaremos.

Observo excelentes professoras tolhidas da sua liberdade de ensinar em prol de um sistema educacional pautado em filosofias escritas, mas não praticadas. Um sistema de procedimentos e comportamentos moldados por critérios não esclarecidos e que, por vezes, vão ao desencontro daqueles que acreditamos. “Meninas” recém-formadas são “atiradas” em salas de Educação Infantil, porque não é fundamental ter experiência. Será? E, da noite para o dia, tornam-se “mães” de várias criancinhas (umas 15, sendo bastante otimista). É a prova de Fogo! Somos avaliadas constantemente. O quê é avaliado? Os critérios são bem definidos? O perfil da sua turma é considerado?

É assim a Professora do Século XXI: completa! Portanto, estude... estude... estude... atualize-se.
Realmente... os tempos mudaram! A educação também! A qualidade, penso eu, não é mais certificada por ser escola pública ou particular, classes A, B ou C... Quem rege a qualidade da educação é a Equipe Pedagógica, toda a equipe, desenvolvendo um trabalho de união, de parceria, de companheirismo e, acima de tudo, de igualdade e respeito.

Professoras, não desanimem! Vocês são o coração da escola. Não um simples coração, mas um coração extremamente apaixonado! Gestores, registro aqui o meu alerta: cuidem de suas professoras porque elas estão doentes! Uma doença invisível, mas que pode matar. A doença da alma!

Texto de Soraya Lopes, pós-graduada em Educação e professora de Informática e Robótica Educacional na rede particular de ensino da cidade de São Paulo e Capacitação de Professores. Email: prof_soraya@yahoo.com.br
Abraço à todas!
Marley

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pinóquio às Avessas


Olá pessoal!

O texto de hoje traz uma reflexão de Flávia Amazonas de Azevedo (http://flaviaamazonas.blogspot.com/2006/04/pinquio-s-avessas-o-livro.html) sobre o Livro Pinóquio às Avessas - Uma História sobre Escolas e Professores, de Rubem Alves, que utilizei em sala de aula. Aproveitem o texto e comentem... Podemos enriquecer este espaço!

Bom final de semana a todos! E, não esqueçam do artigo...

(=


"Apesar de ser um livro voltado para o público infantil, Pinóquio às Avessas aborda uma história muito interessante para que pais e educadores possam, por alguns instantes, analisar as diferentes metodologias de ensino, de forma mais crítica e menos condicionada.


Iniciando a escrita pela referência à famosa história do boneco de madeira, Rubem Alves, procura, ao longo de todo o texto, destacar um pensamento, um tanto equivocado, que se espalha, há anos, pela sociedade. De acordo com ele, muitas pessoas, ainda, acreditam que somente por meio da escola a criança pode se tornar "uma pessoa de verdade".


Rubem Alves decide, então, mostrar que muitas pessoas podem estudar em boas escolas, tirar excelentes notas, se tornar profissionais bem conceituados, porém, não atingir a tão sonhada satisfação ou realização pessoal. Ou seja, somente o fato de freqüentar a escola não é o suficiente para garantir um futuro feliz às crianças.


A história, portanto, se inicia com um destaque à forma como os pais conversam com as crianças a respeito do colégio. Geralmente, os alunos, antes de freqüentar esta instituição, perguntam, para a mãe, ou para o pai, a finalidade de ir até lá, o que elas farão nesse lugar, quem será o responsável por elas, entre outras questões.


O autor desperta, então, a atenção do leitor para o fato de muitos pais dizerem, aos filhos, que na escola eles aprenderão tudo sobre a vida e sobre o que mais desejarem saber. Dizendo isso, a ilusão de que as professoras responderão todas as perguntas, permanece, durante muito tempo, na cabeça das crianças.


Na verdade, como demonstra Rubem no decorrer do livro, a escola ensina, somente, os conteúdos pré-estabelecidos pelo ministério da educação. Dessa maneira, muitos alunos, que vivem em uma realidade social diversa ficam prejudicados. Além disso, muitos conceitos e dúvidas, que não se referem, diretamente, aos conteúdos abordados, não são trabalhados ou aproveitados pelos educadores.Para demonstrar como algumas informações podem prejudicar, seriamente, o processo educativo, o autor apresenta a história de um menino, chamado Felipe, que ao freqüentar, pelo segundo dia, a escola, faz uma pergunta à professora: "Por que temos que estudar dígrafos?". E a professora, sabiamente, responde: “Isso vai cair no vestibular”. O menino, então, interpreta que todo conhecimento adquirido na escola serve, apenas, para passar no vestibular.


De fato, essa tradicional visão em relação às instituições já sofreu muitas mudanças. Atualmente, existem diversas corrente pedagógicas que combatem essa linha de pensamento. A corrente construtivista, por exemplo, fundamentada nas pesquisas de Piaget e Vygotsky, parte da idéia de que todos os seres humanos precisam agir aos estímulos do ambiente para, então, serem capazes de desenvolver as próprias habilidades. Ou seja, essa teoria defende a constante interação do aluno em meio ao processo educativo para que ele mesmo possa construir e organizar o próprio conhecimento. Dessa maneira, as dúvidas e questionamentos de um criança não podem ser reduzidas às "necessidades do vestibular". Uma criança estuda para crescer e se fortalecer como cidadão, não como um "robô repetitivo".


Assim, é possível perceber como Rubem Alves é, totalmente, a favor das idéias transmitidas por Paulo Freire. Para ele, a tarefa corrente do educador é desafiar o educando a produzir sua própria compreensão do que vem a ser comunicado. A aprendizagem, portanto, torna-se incompatível com o treinamento pragmático e com o saber articulado. Cada aluno precisa aprimorar, com a orientação de um professor, a própria habilidade pessoal de analisar e interpretar as informações que lhe são transmitidas. Dessa forma, com a participação dos educadores, elas poderão estimular, cada vez mais, esta habilidade.


Apesar de destacar esses aspectos negativos a respeito dos métodos tradicionais de ensino, Rubem Alves não procura negar a eficácia e a necessidade da disciplina e da organização para o desenvolvimento humano. Mas, ele procurou demonstrar porque as atividades escolares devem levar em conta, também, a capacidade do aluno desenvolver-se por si mesmo. Ou seja, ele enfatiza a necessidade de que os educadores, em geral, devem desenvolver, freqüentemente, atividades em que os estudantes possam aprimorar a capacidade de buscar conhecimentos e articular idéias. Somente assim, as crianças e jovens poderão sobreviver em um mundo repleto de informações e mudanças".

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Como ajudar no processo de alfabetização

Como ajudar no processo de alfabetização
O papel da família

Infelizmente, para muitas famílias, a vida escolar do filho só é de fato valorizada e reconhecida quando a criança ingressa na classe de alfabetização, não se levando em consideração os aspectos e procedimentos anteriores a este momento, tão necessários e que, se fossem efetivados, poderiam contribuir muito para uma alfabetização mais tranquila e positiva.
Também, muitas vezes, os familiares acreditam que esse trabalho só deve acontecer e ser de responsabilidade da escola, até porque algumas instituições carregam para si este papel de exclusividade, tirando dos pais ações que, se ultrapassadas ao muro da escola, poderiam garantir momentos de grande prazer e muito orgulho para os pais e principalmente para o aluno. Ledo engano dos que pensam assim!
O processo de alfabetização não é fácil e requer muito trabalho e empenho de todos os envolvidos. Ele engloba muitos aspectos que dizem respeito não só à maturidade cognitiva, mas também à maturidade emocional do aluno, sendo um processo que se iniciou anos antes do 1º ano e não terminará completamente nesta série.
A participação da família, durante todo esse período, é fundamental. Em todo o processo de alfabetização é muito importante que sejam propiciadas situações em família, com o objetivo de que a criança leia e escreva, independente das tarefas enviadas pela escola, que, com certeza, não irão suprir esta demanda. O “exercício” da escrita e leitura se faz, muitas vezes, de forma não sistematizada, por isso a família tem um papel estratégico.
Como diz psicolinguista Argentina Emília Ferreiro: “...permite-se e estimula-se que a criança tenha interação com a língua escrita nos mais variados contextos.”

Atenção para as orientações que a escola pode dar aos pais, independente do método ou proposta pedagógica utilizada pela instituição:

• Busque, fora do contexto escolar, situações para leitura e escrita, optando por textos e livros mais simples, curtos e de fácil entendimento. Podem também ser textos escritos pela própria criança ou pelo adulto. Incentive-o a confeccionar listas de supermercado, bilhetes, agendas, diários, entre outros;

• Tire as dúvidas, leia e escreva as palavras que a criança não conseguir ler ou escrever;

• Se perceber que seu filho está com muitas dificuldade, reveze a escrita e a leitura com ele. Leia uma página e ele outra. Isso também pode acontecer com trechos de textos e frases;

• É comum, nesse momento, que algumas crianças ainda utilizem variados tipos de letras na hora de escrever, pois eles podem estar experimentando ou mesmo buscando a que acha mais “fácil”, recursos que devem ser respeitados e direcionados de forma coerente e tranquila. Aos poucos, com intervenções e sinalizações positivas e se sentindo mais seguras, possivelmente essas crianças irão definir o padrão de letra;

• Demonstre motivação, paciência e interesse pelo que a criança está escrevendo e lendo. Encontre tempo e disponibilidade para acompanhar as tarefas de seu filho;

• Busque horários e locais adequados para as tarefas de casa e para as atividades de “letramento”. Mesmo motivada, a escrita e a leitura não podem competir, por exemplo, com a televisão, com o irmão muito menor que mexe em tudo, com os videogames, com o horário do desenho predileto ou do playground, entre outros;

• Se a criança demonstrar desinteresse pelo convite à escrita e leitura, não desista. Busque outro horário, outro momento, insista, mas sempre com bom senso;

• Visite bibliotecas e livrarias com a criança e exercite com ela a escolha de títulos. Busque conhecer suas preferências literárias. Você pode se surpreender...;

• Envie para a escola, mesmo que não tenha sido solicitado, pesquisas, textos, material de leitura em geral, que você tenha trabalhado com a criança, de forma que ela possa socializar com os colegas e professor;

• Não deixe de fazer a leitura dos livros enviados pela escola e de outros títulos que você oportunizar a ele;

• Ao final da leitura de um livro ou texto, comente sua opinião sobre o que foi lido e pergunte o que ele achou, que parte mais gostou, se indicaria para outra pessoa, entre outros. Isso é fazer a criança perceber a “função social da leitura e da escrita”, afinal, não se aprende a ler e escrever somente para fazer tarefas escolares;

• Incentive e elogie cada avanço e conquista, afinal, a apropriação do código escrito não é uma tarefa fácil;

• É comum que os pais tenham dúvidas sobre o processo. Se isso acontecer, busque a escola e a equipe pedagógica da instituição em que seu filho estuda;

• O mais importante: divirta-se e se emocione com este momento mágico e surpreendente da vida de seu filho, pois ele tende a passar muito rápido.

Texto de Rosa Maria de Almeida V. Figueiredo, pedagoga e coordenadora pedagógica da Vira-Virou Escola Brasileira da Infância, do Rio de Janeiro (RJ), enviado ao Jornal Virtual. E-mail: coordenacao@viravirou.com.br

quinta-feira, 13 de maio de 2010

AMÁ-LA ou AMAR-TE?

Olá Pessoal!

Passando para compartilhar um texto que recebi por e-mail e tem tudo a ver com a complexidade de nossa língua e a dificuldade de, frequentemente, usá-la corretamente.

* "Oxalá!" queira que todos leiam!

Segue o texto:

A língua portuguesa é mesmo difícil...
Até para fazer amor!
AMÁ-LA ou AMAR-TE?
O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada:
- Querida, eu quero amá-la.
A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:
- A mala... Ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
- Não é isso querida, hoje vou amar-te.
- Por mim, você pode ir pra Júpiter, Saturno e até à &%$#*&+%$#*!!!, desde que me deixe dormir em paz...     

* Eu sei que vocês entenderam!
(=

domingo, 9 de maio de 2010

Sugestões de Sites


Frequentemente, indico alguns sites nas aulas. Abaixo, listo três. Os dois primeiros, com artigos científicos e o último, com um sistema simples de correção de palavras, de acordo com as novas regras ortográficas:


Uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros: http://www.scielo.br/


Reforma Ortográfica em um clique: http://www.ortografa.com.br/


Artigos Científicos das áreas de Saúde e Educação: http://www.abpp.com.br/artigos.htm


Bom trabalho à todos!


Tirando a poeira daqui! Cof-cof-cof... (=

Olá meninas e menino!!!

Siiiiim... Pq surgiram várias turmas novas, mas continuamos com um único bendito entre as mulheres... =)

Postando rapidamente algumas informações comentadas em sala. O primeiro texto, "As lições do desastre de 2008", foi um texto do colunista CLÓVIS REIS (clovis.reis@santa.com.br ), publicado no Santa N° 11909, de 10/04/2010. Falamos deste texto quando tratamos da importância dos fatos e experimentação da Pesquisa para novas descobertas (fazendo uma relação com o que aconteceu com Blumenau e com o Rio de Janeiro).


As lições do desastre de 2008

Afinal, o que o Brasil aprendeu com o desastre sócio-ambiental que atingiu Blumenau, em novembro de 2008?

Os deslizamentos no Rio de Janeiro demonstram que, passada a comoção inicial e agradecidas as demonstrações de solidariedade, de pouco serviram as lições da nossa tragédia para que outros municípios do país se prevenissem contra ocorrências de natureza semelhante.
No caso concreto da avalanche que soterrou 200 pessoas em Niterói, chama a atenção que as autoridades cariocas permitissem a ocupação de uma área aparentemente mais perigosa que as encostas da Rua Coripós e de vários pontos do Distrito do Garcia.

Quando a mídia mostrou as imagens do nosso desastre, será que o governo de lá não se deu conta de que a omissão expunha seus moradores aos mesmos riscos? O que fez a fiscalização nesse tempo? Quantos projetos habitacionais se implementou como alternativa à ocupação irregular das áreas impróprias para a moradia? Tudo isso a tragédia de Blumenau deixou como lição.Da mesma forma, que investimentos o governo realizou na prevenção aos temporais, especificamente na infraestrutura de previsão meteorológica?

A televisão mostrou a falta que fez, no caso do Rio de Janeiro, uma rede de radares para a previsão das tempestades. Quando vi aquela animação eletrônica, lembrei-me que já se falava nisso em 2008, quando o país voltou seus olhos para nós. Porém, passada a comoção e agradecida a solidariedade, parece que as autoridades cruzaram os braços, imaginando que esse tipo de tragédia só acontecesse com a gente, a cada 10 ou 15 anos.

O exemplo de Blumenau caiu no esquecimento.Uma explicação para a letargia talvez esteja no fato de que o país não aplicou adequadamente as verbas destinadas à prevenção de catástrofes. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), no ano passado o Ministério da Integração Nacional destinou exclusivamente para a Bahia cerca de 65% de toda a verba alocada para prejuízos decorrentes de desastres naturais. Coincidentemente, ou não, é daquele Estado o ministro que liberou tais recursos.

Coincidentemente, ou não, ele agora será candidato a governador. Enquanto isso, estados como Rio de Janeiro e Santa Catarina receberam entre 1% e 3% do montante.

Realmente, o Brasil mostra que aprendeu muito pouco com o desastre de Blumenau.

Espero que aquela lição dolorosa tenha servido pelo menos para nós.


O segundo texto de hoje, é da Revista Crescer, assinado por Jeanne Callegari (http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI3342-15130-1,00-MITOS+SOBRE+DEFICIT+DE+ATENCAO+COM+HIPERATIVIDADE.html), e traz algumas verdades e mentiras sobre o TDAH. Escolhi este texto, pq vários alunos pensam em escrever ou escrevem sobre o tema. Assim, já temos mais algumas idéias. E, para quem não escrever sobre este assunto: informação nunca é demais! Acompanhem:

Mitos sobre déficit de atenção com hiperatividade
Veja o que realmente é verdade sobre TDAH:

É uma doença inventada, que só existe para os laboratórios venderem remédios, e é uma forma de tratar crianças bagunceiras e deixá-las mais obedientes.
O TDAH não é uma doença, mas uma característica dos tempos modernos, em que as crianças são multitarefas, acostumadas a fazer muitas coisas ao mesmo tempo

É causado pelos pais, que não impõem limites aos filhos.

O transtorno tem uma das mais altas taxas de herdabilidade genética da psiquiatria, de cerca de 75%. Fatores ambientais podem fazer os genes se manifestar com mais facilidade, como hemorragias cerebrais ou quando a mãe fuma ou bebe na gestação. Já a maneira como os pais criam os filhos pode piorar a doença, mas não é a sua causa.

O TDAH não é uma doença, mas uma característica dos tempos modernos, em que as crianças são multitarefas, acostumadas a fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
O ritmo de vida moderno exige que se faça cada vez mais coisas ao mesmo tempo, mas isso não causa o TDAH. Prova disso é que a primeira descrição da doença em uma publicação médica foi em 1902, escrita por Sir George F. Still, na Inglaterra. Na literatura, existem descrições anteriores, como a de Heinrich Hoffman, de 1875. Além disso, os sintomas são os mesmos em vários países, muitos com culturas diferentes. Na verdade, a criança com TDAH tem mais dificuldade que o normal em ser multitarefas. Imagine: se ela tem dificuldade para se concentrar em uma coisa, imagine em cinco ao mesmo tempo!

Ver TV e jogar videogame em excesso causam TDAH.
Alguns estudos mostram que crianças com TDAH vêm mais TV e jogam mais videogame que as outras, mas a relação não é de causa. Justamente porque têm dificuldade de se concentrar é que precisam de estímulos mais fortes, como a TV. Mesmo assim, elas retêm bem menos informação e têm desempenho pior nos games que as crianças normais.

A psicoterapia pode resolver o problema. Não há necessidade de remédio.
Não são todos os casos, mas 80% das crianças vão precisar da medicação. E isso não tem a ver com a gravidade do distúrbio. A anorexia, por exemplo, pode até matar, mas é melhor tratada com terapia. Quanto ao TDAH, apenas um tipo de terapia mostrou benefícios, a do tipo cognitivo-comportamental, mas apenas em adultos. Os estudos não mostram benefício em crianças. Isso não significa que ela não possa fazer terapia: pode, para lidar com os sintomas secundários, os traumas decorrentes da doença e, muitas vezes, com as comorbidades existentes.

Só crianças têm TDAH, adultos não.
O transtorno aparece, sempre, na infância, e geralmente continua pela vida toda. Os casos de cura são minoria. O que pode ocorrer é que os sintomas de hiperatividade diminuem nos adultos, dando lugar à sensação de inquietude interior, o que dificulta o diagnóstico.

Dar açúcar para crianças com TDAH deixa-as mais agitadas e inquietas.
O açúcar não tem essa capacidade de alterar o comportamento. Uma em cada cinco pessoas ficará um pouco mais sonolenta ao consumir o produto, exatamente o oposto da agitação.

Os remédios viciam e têm muitos efeitos colaterais.
Alguns usuários de drogas amassam os comprimidos e os cheiram ou injetam. Nesse caso, a substância pode ser viciante. Mas por via oral, como é utilizada para os pacientes, não causa dependência. Por outro lado, a medicação para TDAH mostrou-se protetora em relação ao uso de álcool e drogas no futuro, reduzindo o risco em 50%.

A doença é mais comum em meninos.
Quando se analisam dados colhidos em clínicas, parece que os meninos têm a doença três vezes mais que as meninas. Mas quando a amostra é colhida na população em geral, o percentual é o mesmo. Essa discrepância sugere que os meninos, por terem normalmente o comportamento mais hiperativo, têm tendência a ser mais irritantes, e por isso os pais procuram com maior freqüência tratamento médico.

É muito difícil realizar o diagnóstico.
Normalmente, os pais percorrem uma romaria de médicos até descobrir o que a criança tem. Isso ocorre porque o desconhecimento sobre o tema ainda é grande no Brasil. Mesmo os especialistas, às vezes, têm pouca informação sobre o assunto. Mas quando se encontra um profissional que conheça bem o distúrbio, não é difícil detectá-lo, porque os sintomas já são bem descritos na literatura médica.

Adaptar o ambiente e conceder direitos especiais para portadores impede que superem a doença.
O TDAH é um transtorno crônico. Ele não é curado, mas controlado, e o tratamento se faz todo dia. Por isso, de nada adianta esperar que a criança vá “superar” a doença. Ela pode, sim, aprender a conviver com ela, como um paciente com diabetes ou um deficiente físico com cadeira de rodas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A linguagem docente no contexto do mundo líquido

Professor, estamos indo para a caverna da liquidez?

Em tempos líquidos, como define Zygmunt Bauman, como fica o reflexo da linguagem docente ante o delírio do virtual?

Linguagem e entendimento são conceitos co-originários que se explicitam mutuamente. As convicções docentes e autoevidências de fundo, portanto, representados pela cultura e organizados pela linguagem, são responsáveis pelo contexto situacional no mundo da vida docente.

No fundo da caverna platônica, o homem sabia distinguir muito bem as sombras que dançavam contra a parede das coisas mesmas que as produziam. Se o ingênuo interpretava a sombra por realidade, o sábio buscava as coisas mesmas, para contemplar a realidade.
Como lidar com a comunicação líquida que invade o coração e as utopias de nossos discentes? Habituados aos fluidos do orkut, conversam com tantas pessoas que conhecem apenas virtualmente, num “planeta cyber”.

A mídia convencional os seduz. Mas na escola se calam ou gritam.
O caráter inconstante e fragmentável do relacionamento educador/educando nunca pareceu tão explícito como nos tempos líquidos modernos, cujo vínculo afetivo apresenta-se cada vez mais frágil.

Os desafios da linguagem humana são parte natural dos imperativos da modernidade líquida, entendemos.

“Cadê” os antídotos a tantos mal-estares no contexto escolar, ocasionados por tantas perguntas sem respostas? As queixas da violência escolar, do bullying, tornaram-se tão rotineiras que as deixamos de lado e queimamos nossos preciosos neurônios em termos de construir ou desconstruir teorias. Parece que as palavras sólidas de mestre estão fluidificando,juntamente com sua imagem de sábio.

E cada vez mais se ouve o velho chavão: Onde estamos indo? Eu perguntaria: A que lugar nossa linguagem está indo? Na sala de aula, condenava-se o autoritarismo. Agora, o espontaneismo. Inventa-se tantas coisas.

A cibercultura traz à escola um novo estilo cognitivo, a possibilidade de uma organização de saberes em rede. É uma nova linguagem do mundo. Não podemos negar.
Conta-se que alguém perguntou a Beethoven, depois de ter executado uma de suas composições, ao piano: “Que queria o senhor dizer com esta peça?” Como resposta, assenta-se ao piano e executa-a novamente. Sua ação representa a resposta. Nossa linguagem, assim como a composição de Beethoven, vai além do apenas símbolo.

Eu, você, todos nós estamos à procura de algo que ainda não entendemos ou não se explicita de forma mútua. Algo novo, do qual não seja necessário ouvirmos mais uma vez ou indagarmos se é virtual ou real. Uma outra caverna? De uma resposta, no final do percurso, com certeza, não poderemos fugir: linguagem apenas.

Texto de Ercília Maria de Moura Garcia Luiz, professora mestre pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), especialista em psicomotricidade, graduada em Letras, conferencista, escritora e professora da rede estadual do Rio Grande do Sul.
E-mail: erciliamou@yahoo.com.br

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por que ler os Clássicos?

Por que ler os Clássicos?
Disponível em: http://www.classicosabrilcolecoes.com.br/colecao.php . Acesso: 24 mar/2010

O escritor italiano Italo Calvino (1923-1985), em seu livro Por que ler os clássicos [São Paulo: Companhia das Letras, 1993, pp. 9-16], propõe algumas definições muito interessantes de clássico:

"1. Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: 'Estou relendo...' e nunca 'Estou lendo...'.

2. Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los.

3. Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória, mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual.

4. Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira.

5. Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura.

6. Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.

7. Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou mais simplesmente na linguagem ou nos costumes).

8. Um clássico é uma obra que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente as repele para longe.

9. Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.

10. Chama-se de clássico um livro que se configura como equivalente do universo, à semelhança dos antigos talismãs.

11. O 'seu' clássico é aquele que não pode ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e talvez em contraste com ele.

12. Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia.

13. É clássico aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho de fundo, mas ao mesmo tempo não pode prescindir desse barulho de fundo.

14. É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompatível."Por fim, acrescenta:"[...] que não se pense que os clássicos devem ser lidos porque 'servem' para qualquer coisa. A única razão que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não ler os clássicos."

Perfeito, não?
Lembram de nossa aula: nunca deixe de ler os clássicos! Mesmo que quem o cite, também seja interessante. Afinal, clássico é clássico!

"A única razão que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não ler os clássicos"...

terça-feira, 16 de março de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE SIMPLIFICAR TEXTOS CIENTÍFICOS

Olá Pessoal!

O texto abaixo ilustra muito bem o que discutimos na última aula: a necessidade de adequar a linguagem de nosso texto científico. Lembre-se: quem é seu público leitor?
Boa leitura!
=)

A DIFÍCIL ARTE DE SIMPLIFICAR TEXTOS CIENTÍFICOS

Textos Científicos são escritos numa linguagem de difícil compreensão para o grande público. Torna-se necessário simplificá-los tornando-os mais acessíveis. Observem abaixo os estágios desta SIMPLIFICAÇÃO:

TEXTO ORIGINAL: O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum (Linnaeus), isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifira (Linnaeus). No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena deformidade que lhe é peculiar.

* PRIMEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzidapelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.

* SEGUNDO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

* TERCEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.

* QUARTO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.

* ESTÁGIO FINAL DA SIMPLIFICAÇÃO:Rapadura é doce, mas não é mole, não.

(Desconheço o autor)
Disponível em: http://www.dsc.ufcg.edu.br/~jacques/simplifique.htm

segunda-feira, 15 de março de 2010

6 lições que todos devem esquecer

Olá!

O texto da semana tem como autor Brasilio Neto, e está disponível em: http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=1041, acesso em 15 mar/2010

Algumas idéias dele, nos remete ao Livro "Pinóquio às Avessas", de Rubem Alves. Lembram dele? Vale a pena ser lido: tanto o livro, quanto o texto:

6 lições que todos devem esquecer

John Taylor Gatto é um dos educadores mais respeitados dos Estados Unidos. Em seu livro The Seven-Lesson School Teacher (Inédito no Brasil), ele mostra o que os mestres realmente ensinam a seus estudantes. Prepare-se, pois não são lições agradaveis:

1a. Lição - Confusão

As escolas tentam ensinar muita coisa ao mesmo tempo. São dezenas de matérias competindo pela atenção do aluno. E o pior, cada uma delas é estanque em si, fora do contexto, sem relação com as demais.

Possível solução - A interdissiplinariedade, tão decantada e elogiada em lei deve ser cada vez mais utilizada.

2a. Lição - A parte que te cabe nesse latifúndio

Todo ano, o aluno é colocado em uma classe. Para isso, são utilizados conceitos tão lógicos como a ordem alfabética ou a data da matrícula. Não importa se o estudante não se sente bem com os outros colegas, se seus amigos estão na outra turma, se a sala ao lado tem uma grade curricular que faz mais sentido para ele. Engula, pois transferências de turma são só aceitas em duas ocasiões: se alguém da outra turma quiser trocar também, ou em casos gravíssimos de comportamento (premia-se os bagunceiros?). Se a outra turma parece melhor, suspira-se e aceita-se o fato.

Possivel solução - Use o bom senso. Se sua escola tiver mais que uma turma em qualquer classe, deixem cinco vagas disponíveis para transferências em cada uma. Se determinada classe apresentar um grande desejo de êxodo, bom, ali há um problema. Descubra-o e tome as providências cabíveis.

3a. Lição - Indiferença

Os alunos aprendem a não se importar com qualquer assunto. Quando o sinal bate, eles param o que quer que estejam fazendo, e se preparam para a próxima aula. Espera-se que crianças de dez, doze anos disponham de um botão de liga/desliga. Ao ouvir o sinal, esquece-se de tudo sobre determinada matéria, vamos para outra, sem opções. Sabe o telefone que toca no melhor do filme/novela? Pois é, seus discípulos convivem com isso diariamente. A lição que isso passa para eles é que nenhum trabalho, nenhum raciocínio merece ser concluído: o horário é onipotente. E é com essa visão que eles estarão no mercado de trabalho daqui a uns anos.

Possível solução - Em vez da parada abrupta, crie um sistema de “semáforo” em sua escola - Um “sinal amarelo” daria tempo para eles - e o professor - concluírem pensamentos e tarefas. Dez minutos depois, um “sinal vermelho” indicaria o fim da aula.

4a.Lição - Dependência emocional

Nota vermelha e conceitos para comportamentos, castigo, recompensas e a imagem do “bom aluno” ensinam as criancas a desistir de sua vontade própria e depender da autoridade. Em pouco tempo, aprendem a lição de que o bom aluno espera que o professor diga a ele o que fazer. O conformismo triunfa, enquanto a curiosidade é abandonada.

Possível solução - Dê espaço para seus alunos se manifestarem, fazerem perguntas, questionarem.

5a.Lição - Auto-estima mensal e externa

O que o aluno pensa sobre si mesmo depende da opinião de outra pessoa, um expert que dá as notas nos testes e nos boletins. Uma prova de matemática, corrigida em dois minutos, é a causa de uma crise familiar e de identidade.

Possível solução - Elogie vários fatores, não apenas as boas notas. Boa oração, facilidade em comunicação, entre outras.

6a.Lição - O Grande Irmão está vigiando você

Seus alunos estão sempre sob vigilância, dentro e fora da sala de aula. Não há espaço e tempo para assuntos e necessidades particulares. Segundo o autor, até mesmo o espaço entre uma aula e outra é apertado, para evitar conversas contraprodutivas. Há monitores durante o intervalo. E, uma vez que se cruza o portão da escola, a vigilância continua na forma de tarefa de casa. Parêntesis: alguém aí teve a maravilhosa experiência de receber, no primário, aqueles calhamaços chamados “tarefa de férias”? Pois é. Enfim, isso tudo é feito para dar à molecada menos tempo para aprender coisas novas com seus pais, avós, ou alguma pessoa interessante da vizinhança. Afinal, para que contaminar a matéria de nossas aulas com experiências de fora?

Possível solução - Valorize, em suas aulas, a experiência prévia de seus alunos. Utilize fatos do dia-a-dia deles para explicar novos conceitos.

Excelente semana à todos!

domingo, 7 de março de 2010

Para começar bem!

Inspiração do Site: http://frasesilustradas.wordpress.com/



Quimeras Expostas

Olá pessoal!
Bem-vindos ao "Quimeras Expostas".

A ideia deste blog surgiu para reunir material pedagógico utilizado nas Aulas de Metodologia da Pesquisa do IPGEX - Instituto de Pós Graduação e Extensão (http://www.ipgex.com.br/).
Em um só "local", o aluno poderá encontrar desde o material utilizado em sala de aula, até textos complementares e outras dicas para que seu artigo científico se concretize.

O nome Quimera Exposta, surgiu da intenção de desmistificar o tal Trabalho de Conclusão de Curso. Que, no caso do IPGEX é o Artigo Científico. Para muitos pós-graduandos, de fato, o Artigo é uma quimera: alucinação (tamanho o temor!) ou uma utopia (o que ainda não realizado está!). Assim, ao expor aqui as facetas e técnicas para a escrita científica do artigo, temos uma "Ex Quimera"*: a magia revelada, a fantasia palpável e a miragem muito próxima ...

Espero que todos aproveitem as ideias aqui expostas. E, que as mesmas possam contribuir para a finalização de um trabalho gratificante: seu Artigo e sua Pós Graduação!

Abraço!
Professora Ms. Marley Adriana Beyer

* "Ex Quimera" - título deste blog, carinhosamente pensado em um devaneio (não da madrugada desta vez) com o Pequeno Princípe Dann.