sexta-feira, 18 de março de 2011

Como conversar sobre tragédias com as crianças


Seu filho perguntou sobre o terremoto no Japão e você não sabe o que responder? Veja como lidar com a curiosidade das crianças em relação a temas como esse

"Mamãe, o tsunami pode chegar até aqui?" Com a sequência de terremotos que arrasou o Japão na última semana e as chuvas que deixaram o sul do Brasil em alerta, não é mesmo fácil lidar com a curiosidade das crianças sobre tragédias. Principalmente quando as informações cheias de imagens fortes e muitos detalhes chegam por todos os meios de comunicação.
CRESCER entrevistou a psicóloga e terapeuta familiar Ana Lúcia Gomes Castello, uma das fundadoras da Associação Brasileira de Ajuda Humanitária Psicológica - que esteve no início do ano em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, para amparar psicologicamente as vítimas -, para descobrir como falar disso na sua casa. Veja as dicas da especialista:

Espere pela curiosidade
Se o seu filho ainda não se mostrou curioso sobre o assunto, não antecipe a conversa. Espere ele perguntar ou fazer algum comentário para conversar sobre os desastres. Talvez ele não tenha percebido e você esteja angustiada sem motivo.

Desligue a TV
Deixar a televisão (ou qualquer outro meio de comunicação) sintonizada no canal de notícias o tempo todo mostrando imagens trágicas só vai deixar seu filho com medo e inseguro. Procure se informar sobre esses tipos de acontecimentos longe das crianças. Isso não quer dizer que seu filho não possa ter contato com o que está acontecendo, mas não precisa receber excesso de informação.

Conforto e segurança Se você ficar impressionada com as imagens, não deixe que seu filho perceba. Ele precisa se sentir seguro, por isso, explique sobre o que aconteceu, mas enfatize que a família e os amigos estão bem. Se ele fizer perguntas, você pode contar uma história para ilustrar a cena e ajudar seu filho a entender melhor.

Com o mapa na mão
Com a ajuda de um mapa do mundo, mostre a localização do Japão e onde vocês estão para que seu filho perceba a distância. Se quiser falar sobre as fortes chuvas no país, use um mapa só do Brasil. Caso contrário, ele pode achar que está muito perto do local que sofreu o desastre. Mas essa dica talvez não funcione se você estiver na mesma cidade ou estado.

Fale sobre solidariedade Aproveite o interesse do seu filho sobre o assunto e mostre como os bombeiros, a polícia e os grupos de ajuda humanitária trabalham para ajudar as vítimas. É uma ótima oportunidade para falar sobre a importância de ajudar o próximo e como esse amparo pode fazer a diferença. Que tal incentivá-lo a doar roupas ou brinquedos?

E se ele ainda não fala?
Eles também sentem o clima de tensão, por isso, preste atenção sobre o comportamento do bebê. Se ele estiver mais irritado, procure ficar mais tempo com ele, faça brincadeiras e dê muito carinho. Sua presença vai passar segurança.



Disponível em: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI218703-15546,00-COMO%20CONVERSAR%20SOBRE%20TRAGEDIAS%20COM%20AS%20CRIANCAS.html
Acesso em: 18 de março/2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

As mulheres mais poderosas da história

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, uma seleção com aquelas que governaram com mãos de ferro - e fizeram muito macho tremer

por Bárbara Ragov


10. Maria Stuart
País que governou - Escócia
Período - 1542-1567
Essa teve de brigar muito para se manter no poder. Entronada com apenas uma semana de idade, casou-se com Francisco II e reinou na França ao seu lado. Quando ele morreu, ela levou a culpa e fugiu para a Escócia. Assumiu o país e passou a lutar contra a prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra. Casou-se mais duas vezes (a segunda, com o suposto assassino do marido anterior). Perseguida pela nobreza, foi presa e fugiu de novo - para a Inglaterra, onde foi condenada à morte

9. Margaret Thatcher
País que governou - Inglaterra
Período - 1979-1990
Foi a única a se tornar primeira-ministra no país. Apelidada de "Dama de Ferro" e adepta de medidas drásticas, tentou combater a inflação com menos intervenção do Estado na economia - mas, quanto mais ela endurecia, maior ficava a crise. Em três anos de governo, o desemprego triplicou e bancos quebraram. Suportou ainda a Guerra das Malvinas, em 1982, e um ataque terrorista em 1984

8. Cleópatra
País que governou - Egito
Período - 51 a.C.-30 a.C.
Sua suposta beleza é pura invenção (veja na pág. 18), mas a capacidade de seduzir, não. A rainha do Nilo aprendeu cedo a dividir a cama (e o trono) com quem lhe garantisse poder - inclusive o próprio irmão. Chegou a se mudar para Roma para viver com Júlio César e, depois que ele foi assassinado, envolveu-se com Marco Antônio, outro líder romano. Matou-se com uma picada de víbora aos 39 anos, quando percebeu que não seria capaz de seduzir Otávio, o próximo que poderia lhe ajudar a defender o Egito do total controle romano

7. Catarina de Médici
País que governou
- Florença, na Itália, e França
Período - 1547-1559
Filha do duque Lorenzo de Médici e sobrinha do papa Clemente VI, casou-se com Henrique II, que levou o trono francês após a morte do irmão.Até falecer, em 1589, Catarina regeu à sombra dos filhos, enquanto eles não completavam a maioridade. Foi tempo suficiente para causar vários conflitos religiosos - entre eles, o histórico massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572

6. Wu Zetian
País que governou
- China
Período - 625-705
A única mulher a se tornar imperatriz na China nasceu em berço aristocrático, mas teve de se virar para chegar ao topo. Aos 13 anos, tornou-se concubina do imperador Taizong e, depois, envolveu-se com o filho dele, Gaozong. Há quem diga que, após a morte de Gaozong, ela teria matado os próprios filhos, herdeiros legítimos do trono, para chegar ao poder. Uma vez no comando, as intrigas foram trocadas por uma política de abertura: escolheu intelectuais como conselheiros, incentivou a agricultura, reduziu taxas e diminuiu o exército

5. Ana Bolena
País que governou
- Inglaterra
Período - 1533-1536
A amante do rei Henrique VIII teve uma passagem curta pela monarquia inglesa, mas balançou as estruturas. Disposto a tudo para ficar com ela, com uma canetada só Henrique "inventou" uma nova igreja (a anglicana, que permitia o divórcio) e causou a cisão definitiva entre a Inglaterra, o papa e o resto da Europa. Ana reinaria por apenas mil dias e terminaria presa na Torre de Londres, acusada de traição e adultério

4. Catarina, a Grande
País que governou
- Rússia
Período - 1762-1796
Encantado com a Prússia (hoje Alemanha), o czar Pedro III foi passar uma temporada por lá, meros seis meses após ser coroado. Bobeou: acabou sofrendo um "golpe sem sangue" que o derrubou e colocou sua esposa, de origem alemã, no controle. Culta, amiga de pensadores como Voltaire e Diderot, Catarina confabulou para se manter no trono até seu filho atingir a maioridade. Mas, nesse período, a sociedade russa viu suas desigualdades sociais se aprofundarem bastante

3. Maria Teresa
País que governou
- Áustria
Período - 1740-1780
Integrante da família Habsburgo, assumiu o vasto Sacro Império Romano-Germânico após a morte do pai, Carlos VI. Mas segurou um rojão: Inglaterra, Espanha e França não reconheciam uma mulher no poder e lançaram guerras contra ela. Maria Teresa foi tolerante com os católicos ortodoxos, reforçou o exército e, sobretudo, fez os filhos se casarem com o que havia de melhor na nobreza europeia

2. Elizabeth I
País que governou
- Inglaterra
Período - 1558-1603
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, foi a última integrante da dinastia Tudor no comando do país. E encarou com firmeza dois grandes rivais: o rei Felipe II, da Espanha, que abriu guerra à Inglaterra com sua lendária esquadra marinha, a Invencível Armada, e sua prima, Maria Stuart, rainha da Escócia, que queria derrubá-la. Considerada um símbolo nacional de pureza e visão política, Elizabeth foi também foi uma grande patrocinadora das artes. Fez florescer o chamado "teatro elisabetano" - cujo maior nome foi William Shakespeare

1. Vitória
Países que governou
- Inglaterra, Irlanda e Índia
Período - 1837-1901
Nunca houve um nome mais apropriado. Vitória teve o maior reinado que a Inglaterra já viu, num dos melhores períodos do país, e, no final do século 19, tornou-se, por expansão colonialista, também imperatriz da Índia. Subiu ao trono aos 18 anos por ser a única herdeira da família e, pouco depois, casou-se com o primo, o príncipe Albert. Entre seus grandes feitos, liderou a corrida às colônias africanas e asiáticas, forçou a abertura dos portos nas Américas (para vender produtos industrializados ingleses) e apoiou o fim da escravidão. Em seu reinado, a Inglaterra tomou o lugar da França como símbolo máximo de modernidade e de elegância


• O critério para montar o ranking foi a influência e o poder dos países governados na época em que elas estavam no comando

• Seriam as mulheres mais benquistas que os homens? Com exceção de Maria Stuart, nenhuma dessas regentes foi deposta

Do site Mundo Estranho. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/historia/mulheres-mais-poderosas-historia-620861.shtml, acesso em 09 de março/2011