domingo, 9 de maio de 2010

Tirando a poeira daqui! Cof-cof-cof... (=

Olá meninas e menino!!!

Siiiiim... Pq surgiram várias turmas novas, mas continuamos com um único bendito entre as mulheres... =)

Postando rapidamente algumas informações comentadas em sala. O primeiro texto, "As lições do desastre de 2008", foi um texto do colunista CLÓVIS REIS (clovis.reis@santa.com.br ), publicado no Santa N° 11909, de 10/04/2010. Falamos deste texto quando tratamos da importância dos fatos e experimentação da Pesquisa para novas descobertas (fazendo uma relação com o que aconteceu com Blumenau e com o Rio de Janeiro).


As lições do desastre de 2008

Afinal, o que o Brasil aprendeu com o desastre sócio-ambiental que atingiu Blumenau, em novembro de 2008?

Os deslizamentos no Rio de Janeiro demonstram que, passada a comoção inicial e agradecidas as demonstrações de solidariedade, de pouco serviram as lições da nossa tragédia para que outros municípios do país se prevenissem contra ocorrências de natureza semelhante.
No caso concreto da avalanche que soterrou 200 pessoas em Niterói, chama a atenção que as autoridades cariocas permitissem a ocupação de uma área aparentemente mais perigosa que as encostas da Rua Coripós e de vários pontos do Distrito do Garcia.

Quando a mídia mostrou as imagens do nosso desastre, será que o governo de lá não se deu conta de que a omissão expunha seus moradores aos mesmos riscos? O que fez a fiscalização nesse tempo? Quantos projetos habitacionais se implementou como alternativa à ocupação irregular das áreas impróprias para a moradia? Tudo isso a tragédia de Blumenau deixou como lição.Da mesma forma, que investimentos o governo realizou na prevenção aos temporais, especificamente na infraestrutura de previsão meteorológica?

A televisão mostrou a falta que fez, no caso do Rio de Janeiro, uma rede de radares para a previsão das tempestades. Quando vi aquela animação eletrônica, lembrei-me que já se falava nisso em 2008, quando o país voltou seus olhos para nós. Porém, passada a comoção e agradecida a solidariedade, parece que as autoridades cruzaram os braços, imaginando que esse tipo de tragédia só acontecesse com a gente, a cada 10 ou 15 anos.

O exemplo de Blumenau caiu no esquecimento.Uma explicação para a letargia talvez esteja no fato de que o país não aplicou adequadamente as verbas destinadas à prevenção de catástrofes. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), no ano passado o Ministério da Integração Nacional destinou exclusivamente para a Bahia cerca de 65% de toda a verba alocada para prejuízos decorrentes de desastres naturais. Coincidentemente, ou não, é daquele Estado o ministro que liberou tais recursos.

Coincidentemente, ou não, ele agora será candidato a governador. Enquanto isso, estados como Rio de Janeiro e Santa Catarina receberam entre 1% e 3% do montante.

Realmente, o Brasil mostra que aprendeu muito pouco com o desastre de Blumenau.

Espero que aquela lição dolorosa tenha servido pelo menos para nós.


O segundo texto de hoje, é da Revista Crescer, assinado por Jeanne Callegari (http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI3342-15130-1,00-MITOS+SOBRE+DEFICIT+DE+ATENCAO+COM+HIPERATIVIDADE.html), e traz algumas verdades e mentiras sobre o TDAH. Escolhi este texto, pq vários alunos pensam em escrever ou escrevem sobre o tema. Assim, já temos mais algumas idéias. E, para quem não escrever sobre este assunto: informação nunca é demais! Acompanhem:

Mitos sobre déficit de atenção com hiperatividade
Veja o que realmente é verdade sobre TDAH:

É uma doença inventada, que só existe para os laboratórios venderem remédios, e é uma forma de tratar crianças bagunceiras e deixá-las mais obedientes.
O TDAH não é uma doença, mas uma característica dos tempos modernos, em que as crianças são multitarefas, acostumadas a fazer muitas coisas ao mesmo tempo

É causado pelos pais, que não impõem limites aos filhos.

O transtorno tem uma das mais altas taxas de herdabilidade genética da psiquiatria, de cerca de 75%. Fatores ambientais podem fazer os genes se manifestar com mais facilidade, como hemorragias cerebrais ou quando a mãe fuma ou bebe na gestação. Já a maneira como os pais criam os filhos pode piorar a doença, mas não é a sua causa.

O TDAH não é uma doença, mas uma característica dos tempos modernos, em que as crianças são multitarefas, acostumadas a fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
O ritmo de vida moderno exige que se faça cada vez mais coisas ao mesmo tempo, mas isso não causa o TDAH. Prova disso é que a primeira descrição da doença em uma publicação médica foi em 1902, escrita por Sir George F. Still, na Inglaterra. Na literatura, existem descrições anteriores, como a de Heinrich Hoffman, de 1875. Além disso, os sintomas são os mesmos em vários países, muitos com culturas diferentes. Na verdade, a criança com TDAH tem mais dificuldade que o normal em ser multitarefas. Imagine: se ela tem dificuldade para se concentrar em uma coisa, imagine em cinco ao mesmo tempo!

Ver TV e jogar videogame em excesso causam TDAH.
Alguns estudos mostram que crianças com TDAH vêm mais TV e jogam mais videogame que as outras, mas a relação não é de causa. Justamente porque têm dificuldade de se concentrar é que precisam de estímulos mais fortes, como a TV. Mesmo assim, elas retêm bem menos informação e têm desempenho pior nos games que as crianças normais.

A psicoterapia pode resolver o problema. Não há necessidade de remédio.
Não são todos os casos, mas 80% das crianças vão precisar da medicação. E isso não tem a ver com a gravidade do distúrbio. A anorexia, por exemplo, pode até matar, mas é melhor tratada com terapia. Quanto ao TDAH, apenas um tipo de terapia mostrou benefícios, a do tipo cognitivo-comportamental, mas apenas em adultos. Os estudos não mostram benefício em crianças. Isso não significa que ela não possa fazer terapia: pode, para lidar com os sintomas secundários, os traumas decorrentes da doença e, muitas vezes, com as comorbidades existentes.

Só crianças têm TDAH, adultos não.
O transtorno aparece, sempre, na infância, e geralmente continua pela vida toda. Os casos de cura são minoria. O que pode ocorrer é que os sintomas de hiperatividade diminuem nos adultos, dando lugar à sensação de inquietude interior, o que dificulta o diagnóstico.

Dar açúcar para crianças com TDAH deixa-as mais agitadas e inquietas.
O açúcar não tem essa capacidade de alterar o comportamento. Uma em cada cinco pessoas ficará um pouco mais sonolenta ao consumir o produto, exatamente o oposto da agitação.

Os remédios viciam e têm muitos efeitos colaterais.
Alguns usuários de drogas amassam os comprimidos e os cheiram ou injetam. Nesse caso, a substância pode ser viciante. Mas por via oral, como é utilizada para os pacientes, não causa dependência. Por outro lado, a medicação para TDAH mostrou-se protetora em relação ao uso de álcool e drogas no futuro, reduzindo o risco em 50%.

A doença é mais comum em meninos.
Quando se analisam dados colhidos em clínicas, parece que os meninos têm a doença três vezes mais que as meninas. Mas quando a amostra é colhida na população em geral, o percentual é o mesmo. Essa discrepância sugere que os meninos, por terem normalmente o comportamento mais hiperativo, têm tendência a ser mais irritantes, e por isso os pais procuram com maior freqüência tratamento médico.

É muito difícil realizar o diagnóstico.
Normalmente, os pais percorrem uma romaria de médicos até descobrir o que a criança tem. Isso ocorre porque o desconhecimento sobre o tema ainda é grande no Brasil. Mesmo os especialistas, às vezes, têm pouca informação sobre o assunto. Mas quando se encontra um profissional que conheça bem o distúrbio, não é difícil detectá-lo, porque os sintomas já são bem descritos na literatura médica.

Adaptar o ambiente e conceder direitos especiais para portadores impede que superem a doença.
O TDAH é um transtorno crônico. Ele não é curado, mas controlado, e o tratamento se faz todo dia. Por isso, de nada adianta esperar que a criança vá “superar” a doença. Ela pode, sim, aprender a conviver com ela, como um paciente com diabetes ou um deficiente físico com cadeira de rodas.

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